quinta-feira, 1 de maio de 2008

Prazeres de Amelie Poulain


Há tantos pequenos prazeres na vida e eles nos parecem tão naturais que muitas vezes não nos damos conta. Para algumas pessoas eles podem até parecer idiota, mas são capazes de lhe proporcionar uma felicidade, ainda que rápida, que você não se importa se fará papel de ridículo ou não, aliás, ser ridículo é quase sempre ser feliz. Quem já assistiu ao filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain sabe do que eu estou falando.


Existem pequenos prazeres que são quase consenso entre as pessoas, como começar a comer um biscoito pelo recheio, lamber a tampa do iogurte, lamber o resto da mistura de bolo que fica na vasilha, passar o dedo na cobertura do bolo com a velha desculpa de ver se está envenenado, estourar plástico bolha, fazer bolinha com a meleca do nariz (sei que é nojento, mas você vai dizer que nunca fez isso? Você pode até não admitir, mas eu sei que já fez, hehehe) e por aí vai. Mas também existem os pequenos prazeres individuais, aqueles que te fazem feliz, mas que não são tão comuns às outras pessoas.
Falar dos nossos pequenos prazeres é quase como revelar um pouco mais a nossa alma, é como nos despir de qualquer tipo de máscara que exista, nos livrar de alguns preconceitos e, talvez, surpreender (positiva ou negativamente) algumas pessoas. É correr o risco de parecer ridículo, idiota, esquisito e, algumas vezes, nojento. Mas que atire a primeira pedra aquele que não tem um pequeno prazer que é quase indispensável para a sua felicidade e nunca teve coragem de contar para ninguém.
Assumo esses riscos e conto aqui alguns (de uma longa lista) dos meus pequenos prazeres não tão comuns a todas as pessoas. Para fugir de aulas chatas, para desestressar, para pensar na vida ou simplesmente viajar nos seus pensamentos, nas melhor do que procurar e tirar pontas duplas no cabelo, seja no meu ou no das minhas amigas. É algo quase tão viciante quanto estourar plástico bolha, rs. É claro que mulher nenhuma gosta de ter pontas duplas, mas que é legal tirá-las, isso é, rs.
Descascar o esmalte da unha é outro pequeno prazer. Ele pode ainda estar quase inteirinho, mas se houver uma falhinha eu já fico toda me coçando para começar a puxar, e aí não tem jeito, descasco mesmo. As unhas ficam horríveis, mas nada que um removedor de esmaltes não resolva depois.
Fazer brigadeiro e depois raspar a panela procurando aquelas partes bem queimadas que ficam parecendo um caramelo, mascar chicletes e fazer bolas barulhentas, mastigar canudinhos de plástico, sentir a textura da gelatina, mexer no cabelo dos outros (mesmo quando eles não têm pontas duplas), dar beliscõezinhos e apertos carinhosos nos meus amigos, fazer cosquinhas na barriga da Belinha (minha cachorrinha), deixá-la bem irritada e depois abraçá-la bem forte e sentir o narizinho gelado dela, e por aí vai.



Essa é apenas uma pequena lista de alguns dos meus pequenos grandes prazeres. E você, quais são seus pequenos prazeres? Abra seu coração e conte aqui as pequenas e aparentemente insignificantes coisas que lhe fazem feliz, mesmo aquelas que você nunca contou para ninguém.

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