sábado, 28 de junho de 2008

Coleção do que eu não tenho - Marina Seneda

Que eu não tenha o intento de uma desistência Da tal tentativa de mudar o mundo Eu não tenho as chaves de todas as portas Nem mesmo os mapas de todas as rotas Não tenho resposta às questões pedantes Nem todo o tempo que esperei antes Já não tenho a surpresa de todos os fatos E nem os momentos de todas as fotos Não tenho os mistérios de certos segredos Nem mais tantos medos dentre tantos medos Não tenho o regresso de onde não volto Nem mesmo o ingresso da cena que eu era Nem mesma quimera da vida que escolto Não tenho mais... Sonhos quase reais, risos quase ideais Palavras ditas, não tenho Nem venho voltar às palavras que foram Não tenho o que eu fui, se era eu ou seria Aliás, mesmo agora, nem mais tenho a hora Gênia e primeira que adentra a poesia Eu não tenho as chaves de todas as portas E é esse não ter que limita e recria Em mim toda luta que muito me importa, Em mim toda luta que eu nunca teria Sem nãos, sem não-teres, sem cara na porta Que incara o "e se fosse, o que eu faria?" Eu não tenho por que não tentar... E o que ainda tenho sei que não teria Sem que tivesse tido tudo o que me desafia!

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quarta-feira, 25 de junho de 2008

sobre a banalização do amor!

A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.

(Fonte Wikipédia)

~

Tentarei ser direta.


Em tempos de globalização, pós-modernidade, internet, virtualização, mensagens instantâneas, notícias que saem “publicadas” quase que antes de acontecerem, ou o que quer que seja, vivemos em situação sempre de urgência.

Ninguém “tem tempo” pra nada. Quantas vezes já ouvimos essa frase? Isso deixou as pessoas com o péssimo hábito de querer tudo pronto: comida congelada que fica pronta em 8 minutos na potência média do microondas ou desidratadas em potes onde se pode colocar água fervendo e pronto; entregas em domicílio de tudo que você possa imaginar, desde compras em supermercados até dvd e isso sem nem fazer o esforço de pegar o telefone – tudo pode ser feito pela internet; pessoas que passeiam com seu cachorrinho; digitadores de trabalhos; monografias e trabalhos prontos (sim... há páginas na internet onde encontramos trabalhos já prontos de tudo quanto é matéria e há anúncios em classificados oferecendo uma equipe de mestres e doutores que fazem a tese pra você); personal trainer; personal styler; e até pessoas que arrumam malas e armários pra você (personal organizer).

E o que dizer do amor? Pobre do amor. Uma das palavras mais belas e que está se tornando tão banal. Pessoas amam e desamam numa velocidade de 2 Mbps. Como elas não “têm tempo” para investir, estudar e conhecer, “pegam” a primeira pessoa acessível que vêem pela frente e se relacionam. E durante o relacionamento não se importam em saber como realmente é a pessoa. E se por acaso descobre algo que não bateu, é só trocar. Hoje as pessoas não querem saber de conquistar. Elas querem é que aconteça tudo muito rápido: tá a fim beleza, não enrola que eu não tenho tempo a perder. Pessoas querem uma companhia, uma pessoa para poder colocar como status no orkut: “namorando”.

O amor virou um produto. E em tempos de pressa, as pessoas procuram aqueles que são mais fáceis de serem alcançados. Se um produto está numa prateleira lá no alto, em que pra pegá-lo faz-se necessário algum esforço, esse produto é deixado de lado por outros mais acessíveis. O romantismo virou uma coisa antiquada e boba. Se você gosta de ir com calma, se você gosta de conhecer a pessoa aos poucos, você é “devagar” e “estranha”.

Nada contra paixões superficiais, que são ótimas. Mas hoje não tenho visto espaço para um amor tranqüilo.

Como bem escreveu Saint-Exupéry: "As pessoas não têm mais tempo de conhecer nada. Compram tudo pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, elas não têm mais amigos".


Tempos difíceis para quem não se insere ou não quer fazer parte desse sistema. Õo

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quinta-feira, 19 de junho de 2008

impulsiva?!

eu diria um tanto quanto impulsiva, a vida em si nunca me deu chance de pensar muito, meus atos meus erros e aaté mesmo meus acertos são originados dessa minha incrivel impulsão e as vezes esse 'defeito/qualidade' me rende ótimos e eternos momentos, ai quer saber? pra que agir com calma e compreensão? a nossa vida é uma louca e breve passagem na terra de algo muito maior que ainda vamos viver, então não penso duas vezes, eu quero eu consigo, eu desejo eu tenho, por impulsão ou não assim sou eu!


escrito em um um momento de pura impulsão! beigos :*

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terça-feira, 17 de junho de 2008

Que culpa tenho eu de não ser uma das engrenagens que movem essa máquina de fazer dinheiro?

Puta merda, o mundo tá uma droga: é mãe jogando filho no rio, pai matando filho e vice-versa. E esse povo ainda se preocupa com a minha vida, melhor dizendo se preocupando com emprego, se eu to trabalhando. Eu tento estabelecer uma conversa sadia com alguém mais velho, e logo vem a maldita pergunta:
- E você, o que faz da vida? – e em minha defesa sempre dou uma resposta bem humorada, porém sincera.
- Vivo!
- Ah, então vc é “vagabundo”.
- Não.
- É sim, quem não trabalha é “vagabundo”.
- Não, vagabundo além de não trabalhar também rouba.

Nos dias de hoje, ninguém se importa com a boa índole. Eu não trabalho, mas também não roubo.
Se você, leitor vagabun... digo, desempregado não passou por essa situação, é melhor arranjar um sempre... quero dizer, ficar prevenido pois passará. Mas pra estar preparado confira abaixo umas respostas que eu elaborei e descarregarei na cara do primeiro idiota que me infernizar com tal pergunta desnecessária.

E você, o que faz da vida?

* Além de viver, eu leio o futuro das pessoas em bolinhos de bacalhau!
* Eu sou uma menina muito ocupada, e nas horas vagas eu respondo perguntas cretinas como a sua!
* Eu sou autônoma, coço o saco (?) por conta própria.
* Crio cabras... Não, não, não... crio antas, e tem vaga pra mais uma.
* Estou desempregada. Vai me contratar?
* Nada, eu gosto de ser vagabundo, o governo do meu país é o que mais abre vagas de empregos fáceis e bem remunerados, a distribuição de renda do país é a melhor do mundo, e mesmo assim eu não quero trabalhar. Que cretina eu sou né? Pra ser um perfeito imbecil só me resta conseguir um emprego de merda e sair por aí perguntando aos outros se eles trabalham.
Esses tais imbecis, na sua grande maioria são pessoas que nem trabalho tem, o que eles conseguem é um mísero estágio, mas se consideram trabalhadores. Alguém devia explicar pra eles que estágio só serve pra empresa se “fazer” pro governo, pra mostrar que apóia o trabalhador aprendiz. Com aquela merda vc adquire experiência nenhuma, conheço uma garota que tira fotocópia, agora, em que grande emprego ela vai usar essa experiência toda eu-não-sei.
Em outro caso há mais um tipo de imbecil: os que falam que estão cansados, parece que esse estado físico o faz se sentir superior. Certa vez uma mulher disse pra Mim:
- Acha que meu trabalho é fácil? Vai trabalhar no meu lugar pra ver como é cansativo”.
No que Eu disse:
- Vc trabalha obrigada? Acho que a escravidão já acabou, e de certo modo a ditadura também, se está insatisfeita saia do emprego. Ou vc é masoquista?
Saiba de uma coisa. Não se incomodem se o individuo trabalha ou não, se não é vc quem o sustenta e caso enquanto vc trabalha ele não rouba sua casa e saiba mais, não trocaria 1% do meu caráter por R$ 350, ao contrário de vc.

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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Projeto Realejo e Móveis em Sampa! \O

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sábado, 7 de junho de 2008

O que é certo?

Como um quebra-cabeça onde as peças estão perdidas para mim
Então estou mudando quem eu sou
Porque o que eu sou não é bom
Então desapareço no ar
Como uma mariposa na luz
Descendo a alameda até a cafeteria
Numa terra de tristeza e numa terra de espera
Temo que esteja caindo sobre está cidade solitária
Nunca percebi que descrevia-os tão bem como ele

"Como se tivesse perdido as chaves de algum lugar que me aceita"

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domingo, 1 de junho de 2008

Orgulhosa? Eu?

Como uma ser polêmica e complexa que sou, como todo mundo, possuo um considerável número de amigos, uma corja de inimigos, e mais outra boa parte de pessoinhas que não cheiram nem fedem. Desses, se destacam um povo que nunca trocou idéia comigo, mas mesmo assim falam por aí que me odeiam. Eu, por outro lado, nem perco tempo tentando provar que sou gente fina. Um povo que consegue odiar alguém num simples olhar ou só por ser alguém bem articulado ou sei lá, não devem ser boa gente, é do tipo de pessoa que pensa menos que uma mesa.


Ainda assim, sendo correta, honesta e batalhando pra ser a segunda presidente semi-analfabeta do país, passo por todos esses perrengues.
Tenho uma certa política de vida: odeio fazer mal a alguém pois odeio pedir desculpas, mas se eu assim fizer, não vejo problema algum em consertar a cagada em questão.. Lembro que já mandei várias boas amizades às favas por odiar jogos de orgulho. Exemplo: há um desentendimento e ficam ambas as partes esperando quem se retrata primeiro. Por desconhecer qualquer lei que obrigue a mim pedir perdão por algo que não cometi, eu sempre deixava pra lá e punha na cabeça que na verdade aquilo nem valeria a pena.


Mas não pense que sou uma monstra. Houve casos que pediram perdão e tudo correu bem, e como eu citei acima, eu também já me retratei por perceber que o erro partiu de mim. Por outro lado, houve casos que nem dei brecha para que tal ato ocorresse, pois deixei bem evidente que era melhor nem se aproximar.
Estimo bastante minhas amizades, por estar ciente de que me aturar não é fácil e se nunca disse aos meus amigos que os amo... agora não seria uma boa hora.

Portanto concluo que: Errar é humano, perdoar é divino. Como não sou Deus, não tenho obrigação alguma de perdoar, e se eu estiver cometendo um erro, que Deus me perdoe pois estou só fazendo a parte que me cabe.


Ao sair apague a luz e feche a porta!

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