quarta-feira, 25 de junho de 2008

sobre a banalização do amor!

A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.

(Fonte Wikipédia)

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Tentarei ser direta.


Em tempos de globalização, pós-modernidade, internet, virtualização, mensagens instantâneas, notícias que saem “publicadas” quase que antes de acontecerem, ou o que quer que seja, vivemos em situação sempre de urgência.

Ninguém “tem tempo” pra nada. Quantas vezes já ouvimos essa frase? Isso deixou as pessoas com o péssimo hábito de querer tudo pronto: comida congelada que fica pronta em 8 minutos na potência média do microondas ou desidratadas em potes onde se pode colocar água fervendo e pronto; entregas em domicílio de tudo que você possa imaginar, desde compras em supermercados até dvd e isso sem nem fazer o esforço de pegar o telefone – tudo pode ser feito pela internet; pessoas que passeiam com seu cachorrinho; digitadores de trabalhos; monografias e trabalhos prontos (sim... há páginas na internet onde encontramos trabalhos já prontos de tudo quanto é matéria e há anúncios em classificados oferecendo uma equipe de mestres e doutores que fazem a tese pra você); personal trainer; personal styler; e até pessoas que arrumam malas e armários pra você (personal organizer).

E o que dizer do amor? Pobre do amor. Uma das palavras mais belas e que está se tornando tão banal. Pessoas amam e desamam numa velocidade de 2 Mbps. Como elas não “têm tempo” para investir, estudar e conhecer, “pegam” a primeira pessoa acessível que vêem pela frente e se relacionam. E durante o relacionamento não se importam em saber como realmente é a pessoa. E se por acaso descobre algo que não bateu, é só trocar. Hoje as pessoas não querem saber de conquistar. Elas querem é que aconteça tudo muito rápido: tá a fim beleza, não enrola que eu não tenho tempo a perder. Pessoas querem uma companhia, uma pessoa para poder colocar como status no orkut: “namorando”.

O amor virou um produto. E em tempos de pressa, as pessoas procuram aqueles que são mais fáceis de serem alcançados. Se um produto está numa prateleira lá no alto, em que pra pegá-lo faz-se necessário algum esforço, esse produto é deixado de lado por outros mais acessíveis. O romantismo virou uma coisa antiquada e boba. Se você gosta de ir com calma, se você gosta de conhecer a pessoa aos poucos, você é “devagar” e “estranha”.

Nada contra paixões superficiais, que são ótimas. Mas hoje não tenho visto espaço para um amor tranqüilo.

Como bem escreveu Saint-Exupéry: "As pessoas não têm mais tempo de conhecer nada. Compram tudo pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, elas não têm mais amigos".


Tempos difíceis para quem não se insere ou não quer fazer parte desse sistema. Õo

Um comentário:

Sarinha disse...

Oiii.. tem brincadeirinha pra vc nu meu blog, ta??

amoor... será q ainda existe mesmo??
bjao