sexta-feira, 18 de julho de 2008

incompreendida


Me basta saber que ainda tenho as chaves de casa. Estou ficando velha. A morte é uma promessa que cada um de nós faz ao nascer. Me distraio enquanto correm os anos. O tempo é de lua comigo: ora cheio de gentilezas, ora cheio de patadas. Desde cedo aprendi que todo céu azul está sempre sujeito a pancadas de chuva. Eu falo. Falo mas ninguém parece entender. A assimilação da língua portuguesa muitas vezes me parece inviável. É, estou ficando velha. E quando os dias não são felizes, me basta saber que sempre posso voltar pra casa, afinal, ainda tenho as chaves.

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